Em Portugal existe uma cultura de pseudo-esquerda baseada na inveja do sucesso dos empresários
Na América, quase toda a gente aspira a ser um empresário de sucesso, e o empresário é visto como um bom modelo. Ser empresário nos E.U.A. é algo desejado e bem visto pela comunidade. Em Portugal o patrão é sempre mau e rico! Esses malandros dos patrões que dão emprego aos trabalhadores, que lhes pagam os salários que sustentam as suas famílias, patrões esses bichos malditos de que ninguém gosta.
Se uma pessoa tem uma empresa deve-se preparar para ser chulado sem dó ou piedade: pagamento por conta de impostos, mesmo que a sua empresa seja uma microempresa de garagem.
Os contabilistas tem sempre a tarifa tabelada mínima, tanto venda 100 euros ou 100.000 tem sempre o mesmo custo com o contabilista e nem vale a pena tentar outros contabilistas… ninguém lhe vai fazer descontos. E qualquer registo necessário à vida da empresa é sempre pago a peso de ouro.
Conte sempre com o sócio chulo chamado Estado.
- O Estado acha que por ter uma empresa e ser patrão não tem direito a subsídio de desemprego se a sua empresa falir. Mas você desconta para a segurança social como gerente da sua sociedade, mas não tem assistência no desemprego, ser patrão é ser abaixo de empregado à luz das nossas leis, igualdade, muita igualdade. O que por si constitui um grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresários. Qualquer empregado com uma boa ideia que podia evoluir para uma atividade empresarial, vai ter medo de arriscar, por isso prefere passar toda a vida como empregado, que ser um empresário falido e na miséria, porque subsídios em Portugal só mesmo para os do costume, os coitadinhos do politicamente correto. Empregado com potencial de ser empresário que não cria empresa não vai gerar empregos, depois queixam-se que existe desemprego.
- Uma empresa é um lar, despedir alguém é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tem que continuar a sustentar os seus velhos, quanto mais velhos, mais se paga para os despedir. Vai daí que se é empresário tem medo sempre de contratar, hoje pode haver trabalho amanhã não, mas a pensão salário tem sempre que ser paga. Como empresário paga Segurança Social do empregado para quê? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas. Supostamente uma empresa paga a sua parte de descontos para a Segurança Social para financiar futuros despedimentos.
Para mim devia-se fomentar o ser empresário:
Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salário e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais que três vezes este estágio, não quero promover o dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Que está desempregado vai trabalhar, assim não sai do mundo laboral, nem se acomoda em casa a ver televisão.
Taxa de 5% de irc para empresas agrícolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;
A saída da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresário que caia na falência. Por cada 100 PMES que nasçam, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para médias ou grandes empresas todos ganhamos.
Em Portugal com a presente cultura anti-empresários só os loucos é que querem ser patrões.
Na minha vida profissional, fiz negócios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negócio, ou criam orquídeas exóticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a família ao fim de semana e vendem depois a produção. O espírito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresário está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.
Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espírito de auto-suficiência, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".
E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguém é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguém quer ser autónomo e auto-suficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguém quer, ser responsável muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bêbados, a culpa é dos sacanas dos polícias que andam sempre na caça à multa.
Também detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemóveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jamais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade básica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são péssimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.
Neste nosso país ninguém é responsável, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bêbado, etc. Existem alunos que vão para as aulas sem manuais, nunca tem dinheiro para materiais extra que custam cêntimos, que não custam muitas vezes mais que 0,50€, mas depois andam com telemóveis topo de gama que nem os professores tem.
Eu só queria, um país com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autónomas, responsáveis e não dependentes, estou farto dos coitadinhos. Eu queria um país de empresários, micro, médio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir créditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extraordinariamente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do empréstimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguém compreende, toda a gente vive para o efeito imediato). Quero que as pessoas compreendam que ser empresário não significa ser um Belmiro de Azevedo, empresários com esse poder são muito poucos, a maioria apenas trabalha para tentar sair da classe média. Só sairemos destas elevadas taxas de desemprego se estimularmos a criação de empresas, de preferência exportadoras ou que substituam as nossas importações.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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